Academia ao ar livre

As academias ao ar livre tem ganhado espaço nos municípios da Grande Vitória. Jovens e idosos aproveitam os equipamentos, disponíveis gratuitamente, geralmente instalados nas pracinhas dos bairros, para se exercitarem. Porém, um fator tem preocupado a sociedade médica e profissionais de educação física: a falta de orientação adequada. E sem o acompanhamento de um profissional, a iniciativa deixa de ser um benefício e passa a causar prejuízos à saúde.

No Debate CBN sobre saúde, ocorrido na última sexta-feira (15), a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Espírito Santo, Regina Mesquita, alertou sobre a necessidade de haver maior oferta de espaços públicos para a população adulta e idosa realizar atividades físicas, mas de maneira segura e orientada.

Em Vitória, existem 20 academias populares. No município de Cariacica, até o final do ano serão 35 academias públicas destinadas as pessoas de todas as idades. No entanto, essas academias não tem profissionais de educação física para analisar se o aluno está apto ou não a praticar atividade física.

foto: Fernando Madeira/Divulgação

Betânia Souza alerta que idosos podem ter lesões na coluna se fizer o exercício sem orientação profissional

A Bacharel em Educação Física Betânia Souza, explica que um simples alongamento, se praticado de forma incorreta, pode causar uma séria lesão. Betânia apoia a iniciativa das prefeituras em disponibilizar locais para a prática de atividade física, mas é contra a falta de instrutores nas academias populares.

"Fazer exercícios de forma incorreta pode causar lesões nas articulações e na coluna. Quando se trata de idosos, o risco é ainda maior. Como um idoso vai saber o número apropriado de repetições em um determinado aparelho?", indaga a professora.

A questão também é vista como um problema pelo Conselho Regional de Educação Física (CREF ES). Segundo a coordenadora do CREF no Estado, Suelen Torres, a Prefeitura de Vitória já foi