Aborto na Adolescencia

Aborto na Adolescência

A gravidez na adolescência causa um grande impacto psicológico, pois a menina que se encontra nessa fase de vida marcada por mudanças físicas e mentais, não está suficientemente preparada para a gestação. Se ela não está disposta a encarar tal situação, muito menos estará o futuro pai, pois este também é responsável pela concepção e nascimento da criança, e na maioria das vezes tem que parar de estudar para trabalhar, para sustentar a nova família. A gravidez precoce põe em risco de vida tanto a mãe quanto o recém-nascido. Na faixa dos 11 á 14 anos a mulher ainda não tem uma estrutura óssea e muscular adequada para o parto e isso significa uma alta probabilidade de risco para ela e para o feto. O resultado mais comum em uma gestação precoce é o nascimento de um bebê com peso abaixo do normal o que exige cuidados médicos especiais de acompanhamento do recém-nascido. O medo da gravidez leva muitas adolescentes à solução do aborto clandestino. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, dos 4 milhões de abortos praticados por ano no Brasil, 1 milhão ocorrem entre adolescentes; muitas delas ficam estéreis e cerca de 20% morrem em decorrência do aborto.

O número de adolescentes que passa pelo serviço do sistema único de saúde (SUS), para corrigir sequelas do aborto mal feito esta aumentando a cada ano, principalmente após o carnaval. Aproximadamente 10 milhões de mulheres estão expostas a gravidez indesejada, seja por um uso incorreto de anticoncepcionais ou mesmo pela falta de conhecimento, pois o que vemos é que grande parte dessas adolescentes tem baixa escolaridade.

Entretanto o aborto na adolescência tem sido associado a uma série de problemas físicos, psicológicos, incluindo abuso de drogas e álcool, tentativas de suicídio e ideação suicida, além de outros comportamentos autodestrutivos. E muitas adolescentes após o aborto entram em estado de depressão e ficam ressentidas de ter perdido o bebe, sentem-se culpadas