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DISCURSO VS REALIDADE: A VERSÃO DA MÍDIA SOBRE O ABORTO DE FETOS ANENCÉFALOS

Por oito votos a dois, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no dia 12 de abril de 2012, descriminalizar o aborto de fetos anencéfalos. A sentença era esperada, pois desde 2004 (quando o ministro Marco Aurélio Mello concedeu a primeira liminar autorizando o aborto de um feto sem cérebro), a maioria dos casos de anencefalia que chegaram à corte tiveram os abortos autorizados.
O Código Penal, até a votação, autorizava o aborto em apenas dois casos: se a gravidez resultasse de estupro ou se não existisse outro meio de salvar a vida da gestante. Devido a recorrência do assunto da regulamentação do aborto de fetos anencéfalos na mídia e embasados no autor Danilo Rothberg, que fala de enquadramentos na mídia, analisamos como o jornal Folha de São Paulo, as emissoras de televisão Record e Globo e os portais virtuais Uol e Terra abordaram essa cobertura.
Cobertura Televisiva
O Jornal Nacional, telejornal diário do horário nobre da Rede Globo, abordou o tema em apenas três reportagens durante todo o período analisado. As matérias foram veiculadas no dia do início do julgamento, no dia em que foi anunciada a decisão do supremo e no dia seguinte a decisão, respectivamente 11, 12 e 13 de Abril.
As reportagens duraram cerca de 3 minutos cada e, aparentemente, não demonstraram nenhum posicionamento da emissora sobre o assunto. No primeiro dia a reportagem apresentou o “conflito” através das seguintes questões: O que é anencefalia? Como está a lei sobre o aborto? Se for Como ela vai ficar caso seja aprovada? Quem é contra a nova lei? Quem é a favor?
Essa reportagem teve um formato mais educativo, fazendo uso de videografismos (recurso de ilustração utilizado pelo telejornalismo) para mostrar como é um bebê sem cérebro.
No segundo dia a reportagem fez um balanço geral do julgamento além de retomar alguns videografismos já apresentados na primeira reportagem. As questões levantadas

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