Abordagens do texto literário em sala de aula sob a perspectiva do dialogismo, da recepção e da transversalidade

Abordagens do texto literário em sala de aula sob a perspectiva do dialogismo, da recepção e da transversalidade

Rafaela Stopa
Riéte Regina de Lara
(GP - FAFIJA)
Hiudéia T. R. Boberg
(Orientadora - FAFIJA)

Segundo Antonio Cândido (1995), a literatura revela o homem e atua em seu desenvolvimento, mediante suas funções que satisfazem a necessidade universal de fantasia, contribuem para a formação da personalidade e representam certas realidades social e humana. Com o propósito de colocar essa possibilidade ao alcance daqueles que "formam leitores", apresentaremos neste artigo abordagens do texto literário para o Ensino Fundamental e Médio sob a perspectiva do dialogismo, da recepção e da transversalidade. Serão analisadas as contribuições que estas alternativas podem trazer para a formação de leitores competentes e para a valorização estética do texto literário em sala de aula.
Tendo em vista o programa desenvolvido pelo Estado de São Paulo "Educado pela diferença para a igualdade", que visa capacitar os professores das áreas de Educação Artística, Literatura e História para a aplicação da Lei 10639/03, a qual garante às populações negras verem sua história contada na perspectiva da luta, da construção e da participação histórica, relataremos uma experiência que aconteceu em uma sala de terceira série da Rede Estadual de Ensino Fundamental, ocasião em que a literatura foi proposta para transformar o tema em algo vivo e presente em sala de aula.
O uso do método recepcional para as leituras envolveu e conquistou o interesse e a participação das crianças. A interdisciplinaridade e a transversalidade presentes garantiram que as atividades não fossem descontextualizada e se adaptaram perfeitamente à rotina da classe. Ao aplicar o métodos, cada professor pode escolher os textos de acordo com a série e a realidade de sua própria sala. Partindo das etapas do Método Recepcional, sistematizado pelas pesquisadoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar