abordagem de Descartes acerca do conhecimento como racionalista e fundacionista
Para a produção textual desta segunda semana de estudos tem-se a intenção de discorrer sobre a primeira questão apontada para tal tarefa, isto é, abordar a teoria do conhecimento de Descartes caracterizada como racionalista e fundacionista. Porém, não seja o objetivo desta elaboração esgotar todo conteúdo do assunto, apenas buscar-se-á apresentar noções gerais de tal temática. De tal modo, em um primeiro momento pode-se dizer que a doutrina platônica das ideias, com sua confiança na capacidade originária da razão, constituem o fundamento da maioria das concepções no que tange à teoria do conhecimento nos tempos modernos, que pode ser resumida com a utilização do termo racionalismo1 e dentro desta corrente filosófica destaca-se a figura de René Descartes. Desta forma, observa-se que a partir do período que perpassa do filósofo francês até Kant, passando pelos empiristas britânicos, tem-se início a consolidação da teoria do conhecimento como disciplina filosófica. Não obstante, de acordo com a maioria dos estudiosos desta ciência, há uma série de preocupações no que diz respeito às formas de justificação do conhecimento. Sendo assim, justificar um raciocínio de acordo com DUTRA (2010, p. 60) “é mais forte que explicá-lo, o que, por sua vez, é ainda mais forte que descrevê-lo”. A partir desta justificação, pretende-se mostrar que certos conhecimentos proporcionais podem ser benquistos desde que haja uma precedente acolhida de outras proposições.
Tendo elaborado estas questões preliminares, nota-se que dentro deste cenário desemboca-se a divisão de duas doutrinas, ou em outras palavras, duas correntes dentro da teoria do conhecimento, faz-se referência ao fundacionismo 2 e o falibilismo3. Com relação à primeira verifica-se que esta busca uma fundamentação ou justificação nas proposições proferidas como sendo autoevidentes, e ainda verifica-se que esta doutrina se divide em