Abordagem Centrada na Pessoa

A importância do diálogo no processo psicoterápico na ACP.

A linguagem é o meio simbólico através do qual o homem expressa suas vivências;
Para que ocorra um diálogo é necessário que haja um entendimento do que é falado, ou seja, depende da forma que o emissor se expressa, e de como esta expressão chega ao ouvido do receptor;
Na relação psicoterapêutica, o diálogo é “a mola de engrenagem” para possibilitar a escuta e posterior intervenção na situação do cliente.

O princípio dialógico de Buber: no diálogo o homem se presentifica e presentifica o outro, preservando assim, sua individualidade e a alteridade de seu coexistente.
Hermenêutica existencial: psicoterapia e linguagem

Hermenêutica é a arte de interpretar os livros sagrados ou qualquer livro antigo, um estudo aprofundado destas escrituras.

Para Amatuzzi:

Na psicoterapia este termo refere-se a uma compreensão da fala do cliente, que vai além do óbvio. Para ele, a escuta, o ato de ouvir abre o psicoterapeuta para o mundo e para o cliente. Quando se consegue esta escuta ampla voltada para a relação, o psicoterapeuta recebe o significado pleno e não apenas o mero significado, introduzindo um movimento plenamente hermenêutico que permite (a ele a ao cliente) ir além do óbvio dito pelas palavras.

Fala inautêntica: são palavras meramente verbalizadas, destituídas de poder mobilizador e a “palavra não atualiza nem dá sentido à presença da pessoa na relação”. É o que Buber chama de palavreado, onde as pessoas falam, mas não se escutam.

Fala autêntica: que mobiliza, transporta a pessoa, cria o novo e leva adiante o que Buber chama de diálogo genuíno, é um falar - para, e não falar-diante-de. Um falar primário, onde o sujeito expressa o dito pela primeira vez, é original.

O psicoterapeuta deve tentar compreender a pessoa do cliente através da fala autêntica,e, assim introduzir-se na maneira de existir daquele, agindo como um catalisador qualificado dos sentimentos do mesmo.