abismo social
Julho de 2013. PM’s da UPP da Rocinha torturam e assassinam o pedreiro negro Amarildo de Souza. Em todo país, milhões perguntam: “Onde está Amarildo?”. As UPP’s (Unidades de Polícia Pacificadoras) são apresentadas como modelos de segurança pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), aliado do governo petista. Lula e Dilma nada falam sobre o tema, para não se chocar com seu aliado Cabral.
A continuidade do genocídio da população negra nos bairros pobres das grandes cidades confirma que a situação dos negros, em essência, não mudou após dez anos de governo petista.
A burguesia tem cor
Em novembro, mês da consciência negra, muitas festas promovidas pelo governo ocorrerão no país. Os governistas vão querer mostrar como a situação dos negros mudou com Lula e Dilma. Será isso verdade?
Infelizmente, não. Em 2010, enquanto a média salarial dos brancos chegava a R$ 1.538, a de um negro não passava de R$ 834. Já as mulheres negras recebiam a metade disto.
Os negros e negras são maioria absoluta nos trabalhos domésticos, enquanto os brancos ocupam as profissões mais qualificadas. A justiça continua livrando a burguesia branca e corrupta da cadeia, enquanto os presídios estão lotados de negros.
Os governistas vão tentar se explicar com estatísticas mostrando pequenas melhoras. Mas não podem esconder a realidade. Em dez anos, quem ganhou muito dinheiro foi a burguesia. E ela tem cor: branca.
No governo Lula os bancos lucraram R$ 199 bilhões, muito mais que os R$ 31 bilhões no governo FHC. Os banqueiros ganharam 550% mais com o PT do que com o PSDB. Com Dilma, esse absurdo seguiu. No primeiro semestre de 2013, o Bradesco teve um lucro de R$ 5,86 bilhões, o maior de sua história.
Lula e Dilma privilegiaram o agronegócio, baseada em grandes propriedades agrícolas de brancos. Na outra extremidade social, pode-se ver a cor negra dos