abasemolecular

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A base molecular das doenças genéticas I. Introdução Uma doença molecular é aquela na qual o evento primário causador doença é uma mutação, seja herdada ou adquirida. Uma doença genética (e molecular) ocorre quando uma alteração molecular de um gene essencial a quantidade, a função, ou ambas, dos produtos gênicos (mRNA e proteína). Os distúrbios monogênicos quase sempre resultam de mutações que alteram a função da proteína. As exceções são as mutações no DNA mitocondrial, que alteram as funções dos tRNAs mitocondriais (lembre-se que o genoma da mitocôndria tem apenas 37 genes, dos quais 22 são genes para tRNAs). Estas mutações levam a graves distúrbios, que afetam os músculos e o cérebro. Embora seja condição primária para a compreensão da patologia da doença, o conhecimento da alteração bioquímica decorrente da alteração genética nem sempre conduz diretamente à compreensão dos mecanismos da patogênese. de fato, embora mutações tenham sido identificadas em mais de 1000 das quase 4.500 doenças genéticas monogênicas conhecidas, o fato é que a fisiopatologia não é conhecida completamente para nenhuma delas. Entretanto, o avanço tem sido grande nos últimos anos. Devemos nos lembrar aqui que a primeira doença genética cujo mecanismo molecular foi esclarecido foi a anemia falciforme, estudada por Linus Pauling em 1949. Portanto, os avanças foram todos essencialmente obtidos na segunda metade do século XX. Espera-se uma enorme aceleração das descobertas, com o fim do Projeto Genoma Humano e com a introdução de novas técnicas de estudo de grande quantidades de genes e proteínas.

II. O efeito da mutação no funcionamento protéico. Os quatro efeitos possíveis são esquematicamente representados na figura abaixo. Podemos listá-los assim:
Perda da função da proteína - é a consequência mais comum da mutação.
Ganho de função
Aquisição de nova propriedade
Expressão do gene em local e/ou momento errado Os três últimos efeitos, embora menos comuns,

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