Abaixo a Família Monogamica
Abaixo a família monogâmica!
Sergio Lessa
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Em tempos em que covardia passa por sabedoria, em que rendição se pretende realismo político, algumas bravas lutadoras mostraram como se enfrenta o capital no enclave da Aracruz no Rio Grande do Sul. A elas este livro é dedicado.
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Sumário
Introdução
Parte I – A origem da família monogâmica
Capítulo I O trabalho, a sociedade primitiva e a família comunal
1. Uma sociedade muito diferente da nossa
Capítulo II A revolução neolítica e a sociedade de classes
1. A propriedade privada, o Estado e o trabalho alienado
2. A origem da monogamia
Capítulo III O masculino e o feminino
1. Ser homem versus ser mulher
2. Esposas, prostitutas e maridos
Parte II – A crise da família monogâmica
Capítulo IV O desenvolvimento da humanidade
1. A totalidade social e os indivíduos: o individualismo progressista
Capítulo V O amor individual sexuado
1. Engels e o amor: Heloísa e Julieta
2. O amor na sociedade burguesa
Capítulo VI A crise da sociedade de classes: o trágico cenário do amor
1. a abundância e as classes sociais
2.Individuação e crise estrutural do capital: indivíduo guardião de mercadorias
Capítulo VII – A forma burguesa da família monogâmica
1. A crise contemporânea e a família monogâmica
2. As virtudes e limites do feminismo
3.Mészáros: a questão da mulher e os limites absolutos do capital
4. monogamia sem família monogâmica?
Conclusão
Bibliografia
Introdução – Os comunistas e a família monogâmica
Os comunistas são, desde o século 19, acusados de serem contra a propriedade privada, o
Estado, a religião – e a "família". Nós, comunistas, somos de fato a favor de uma sociedade sem classes, sem Estado, sem propriedade privada. Uma sociedade na qual a abundância torne desnecessárias as religiões, – esse consolo ideológico que transforma a miséria terrena em paraíso espiritual. E, o que agora nos interessa, somos também contra a família monogâmica. Sobre este último ponto