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2499 palavras 10 páginas
Aristóteles: a filosofia e a busca do universal

Prof. Renato Nunes1

Aristóteles tem sido, no decorrer de todo processo da racionalidade filosófica, um dos filósofos mais estudados e debatidos. E isso se deve não unicamente ao fato de ser ele um dos primeiros elaboradores de um corpus filosófico, de uma teoria filosófica, isto é, de uma filosofia, Mas sim, por ter afrontado a filosofia poética de Platão, apesar de ter sido seu discípulo, elevando, assim, a Filosofia à categoria de ciência universal, ciência esta que, agora, com Aristóteles, deve ser repensada em suas categorias conceituais constituintes.

Metodologicamente, este texto está organizado em três pontos: no primeiro, discute-se o problema da Verdade e dos conceitos a partir do Livro II da Metafísica; no segundo, a filosofia e seu papel no contexto da Ontologia, onde quer-se relacionar a Filosofia enquanto ciência universal e a Ontologia, enquanto ciência do ser. Essa discussão se dá a partir do Livro IV da Metafísica; e por fim, a nível de considerações finais, apresenta-se uma discussão a propósito das causas primeiras e da ciência que deve com elas preocupar-se: a universal ou as particulares? Esta discussão refere-se ao Livro VI da Metafísica.

1 - O problema da verdade e dos conceitos

No segundo livro da Metafísica, Aristóteles procura justificar que a Verdade tem um princípio primeiro, princípio este que é a causa das demais coisas. Aqui, a facilidade e a dificuldade andam juntas em seu estudo, pois não conseguimos atingi-la verdadeiramente. Cada um procura a verdade individual, subjetiva, que atenda somente às suas expectativas particulares. O fato de buscarmos uma verdade inteira, universal, que possa ser conceitual, mostra o quanto é difícil a tarefa de sua busca.

Muito se tem discutido na tentativa de conceituar a Verdade. Nós, almejantes do

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