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4. A classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde/OMS e a Fisioterapia.

Introdução

“A lógica do pensamento de causalidade linear-cartesiano que parece estar enraizado em nossa cultura é a tradução atual da lógica aristotélica. Paradigma biomédico.
Transição demográfica e epidemiológica
CID
CIF

A abordagem terapêutica de muitas profissões até a década de 80 estava baseada no modelo biomédico. O modelo biomédico tem origem na profissão médica e reflete o interesse na deficiência, doença ou anormalidade corporal e de que maneira isso produz algum grau de incapacidade ou limitação funcional. Esta perspectiva reduz a deficiência à categoria de doença corporal e foca na doença, e não na pessoa. A incapacidade é então entendida como consequência biológica do mau funcionamento do organismo, portanto o papel do médico é reparar a disfunção corporal, vista como um desvio da normalidade.
Neste contexto foi elaborada a classificação internacional de doenças CID-10 adotada por muitos países e amplamente utilizada para diversos fins na área da saúde.

Na década de 70 foram elaborados os primeiros modelos teóricos de estrutura conceitual sobre o desenvolvimento da incapacidade, através dos estudos de Saad Nagi (1976), basicamente este autor argumentou que o caminho mais razoável para conceituar a incapacidade seria através de um processo sequencial composto de quatro estágios. O processo iniciaria com uma patologia ou doença de base, que levaria ao estágio seguinte, chamado degeneração fisiológica que limitaria a habilidade individual tanto física quanto emocionalmente, o que poderia levar ao terceiro estágio, definido de limitação funcional. Finalmente, as limitações nas dimensões físicas e emocionais poderiam resultar na inabilidade para efetuar tarefas e papéis associados com o trabalho e a forma de vida independente, o que o autor considerou como incapacidade, sendo este o quarto estágio.

Em 1976 o modelo de Nagi foi aceito

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