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380 palavras 2 páginas
Intolerância. Essa é a palavra que define a situação a qual Rui, apenas um garoto, foi submetido durante metade da sua infância. A sociedade em que ele convivia achava mais fácil julga-lo por tudo, entretanto uma análise mais profunda do caso nos revela que ele nada mais foi do que uma vítima da circunstâncias geradas pelos pais e educadores.
É bem evidente que ele não possuia qualquer dificuldade em aprendizagens, tampouco revela problemas de relacionamentos com os demais. Uma criança perfeitamente saudável em seu intelecto e emocional.
A falta de tato com Rui inicia-se na sua chegada a um novo país, nova cultura, valores e idioma, em uma fase fundamental do ensino: a alfabetização. É notável a falta de preparo dos professores, em especial um que chegou ao ponto de agredi-lo, demonstrando total falha de profissionalismo e sensibilidade da equipe diante de um aluno estrangeiro, expondo ele a um trauma não só escolar como emocional.
O quadro complicou-se mais ainda quando outra vez o garoto volta para o Brasil, tirando ele de forma abrupta daquele ambiente em que ele mesmo inconformado estava provavelmente se habituando e é lançado na escola que estudara anos antes, tendo que passar pela realfabetização, em um processo provavelmente cansativo e que irremediavelmente traz confusão à cabeça de uma criança.
Os choques culturais, as exigências sem limites, a forma agressiva como foi "educado" e a privação de fazer coisas que crianças fazem como brincar e se distrair, foram suficientes para trazer transtornos a mente de Rui, que chegou a um total desinteresse pelos estudos e escola, tendo como resposta ainda o desprezo e impaciência por parte dos seus professores. Uma atitude, diga-se de passagem, que não colabora em nada para alteração do quadro.
Entretanto diante de todos esses apontamentos, nenhum se compara a indiferença que os pais demonstraram durante todo o processo. A falta de um acompanhamento do filho durante o período no exterior, ajudando a introduzir

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