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A COMUNICAÇÃO NO MST: O JORNALISMO ONLINE X O IMPRESSO*
Bruna Toso Tavares – UFMG
Eduardo Luis Mathias Medeiros – UNEMAT
RESUMO: Iremos discutir a utilização do espaço digital pelo Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST), observando como os movimentos sociais se aproveitaram das vantagens trazidas pela Internet para levar informação sobre suas demandas, difundir seus valores, visões de mundo e experiências, sem necessitar da mediação das mídias tradicionais, que, em geral, são geridas por interesses opostos aos dos movimentos. No caso do MST, o movimento, desde sua fase embrionária, já desenvolveu comunicação independente por meio de veículos próprios e contra hegemônicos, contando, atualmente, com uma revista, um jornal e um site. Neste veículo, a comunicação do movimento com seus membros e com a sociedade como um todo é muito mais livre do que, por exemplo, no jornal impresso do próprio movimento. Assim, neste trabalho faremos uma breve análise comparativa entre duas notícias sobre o mesmo evento e que trazem as mesmas informações publicadas no site e no jornal do
MST, observando que elas tomam configurações e características distintas.
PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo. Internet. Movimentos Sociais. MST.
Presenciamos uma recente onda de movimentos e manifestações que ocuparam as ruas de diversas cidades brasileiras e também do resto do mundo. Em geral, os movimentos, como a Primavera Árabe, no Oriente Médio, os Indignados, na Espanha, Occupy, nos Estados Unidos, o Churrascão da Gente Diferenciada, as Marchas da Liberdade, da Maconha e das Vadias, no
Brasil, são movimentos de ocupação do espaço público, mas articulados e organizados por meio da internet.
Entretanto, a utilização da internet por movimentos sociais não é nenhuma novidade, já que a rede de computadores vem sendo usada desde os zapatistas, no México. Este movimento, assim como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, sempre utilizou mídias livres para se comunicar com os membros do