8 Contradi o e crise

1520 palavras 7 páginas
8 Contradição e crise: a lógica da mudança dialética

Qualquer fenômeno implica e gera o seu oposto. Dia e noite, frio e quente, bom e mau, vida e morte, símbolo e realidade, positivo e negativo são pares de opostos autodefendidos. Em cada caso, a existência de um lado depende da existência do outro. Não se pode saber o que e frio sem saber o que e quente. Não se pode conceber dia sem conceber noite. Bom define mal e vida define morte. Opostos estão entrelaçados em um estado de tensão que também define um estado de harmonia e totalidade.
Esta ideia tem uma longa história; a filosofia taoísta, originaria da antiga china, tem sempre enfatizado como o curso da natureza (a palavra tão significa caminho) se acha caracterizado por uma globalidade e uns fluxos continuam moldados pelo intercambio dinâmico entre yin e yang. Estas palavras que originalmente denominavam os lados sombrios e ensolarados de uma colina simbolizam como o tão se acha sustentados por um fluxo de energias complementares e opostas através das quais todas as tendências terminam por se reverter. Conforme afirmou o antigo sábio lao-tzu, a reversão é o movimento do tão. Sempre que uma situação desenvolve qualidades extremas, invariavelmente se volta e assume qualidades opostas, assim como o mais brilhante dos dias se transforma na mais escura das noites. A filosofia taoista enfatiza que todo o lado natural e a vida humana são determinados por este ciclo de idas e vindas, crescimento e declínio, tudo sendo o processo de tornar-se algo mais.
Os taoistas acreditam que a disposição ou a tendência de qualquer situação pode ser compreendida em termos de yin e yang. A creditam que muitas situações humanas podem ser equilibradas e melhoradas, caso se exerça uma influência sobre as relações entre esses elementos opostos.
Muitas dessas noções taoistas foram trazidas ao ocidente pelo trabalho de Heráclito, tendo sido expressas e desenvolvidas de várias maneiras diferentes por gerações de cientistas e teóricos

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