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Os testes psicológicos no Brasil
A história dos testes psicológicos no Brasil confunde-se com a história da própria Psicologia enquanto ciência e profissão. Como já foi exposto ao citar o trabalho de Pereira e Neto (2003), os testes já figuravam no cenário nacional antes mesmo da profissionalização da Psicologia. Em uma perspectiva semelhante, Alchieri e Cruz (2003) também apontam alguns períodos do desenvolvimento histórico da Psicologia brasileira que foram marcados pela importância atribuída à avaliação psicológica e destacam momentos, como a produção médicocientífica acadêmica(1836-1930), em que as temáticas próprias da Psicologia começavam a aparecer academicamente na área médica, o estabelecimento e a propagação da Psicologia no ensino universitário (1930-1962), a criação dos cursos de graduação em Psicologia (1962- 1987), a instalação dos cursos de pós-graduação (1970-1987), e, finalmente, em data mais recente, a criação dos laboratórios preocupados com testes psicológicos (1987- ). Todos esses períodos contêm valor tanto para o desenvolvimento do uso dos testes como também coincidem com o desenvolvimento da própria Psicologia.
Entretanto, em dado momento histórico, basicamente a partir da segunda metade do século passado, parece que os testes psicológicos e sua relevância começaram a ser questionados (Sisto; Sbardelini; Primi, 2001; Hutz; Bandeira, 2003). São levantadas dúvidas quanto à validade científica dos testes e questiona-se até mesmo a possibilidade ou legitimidade em se fazer medições de manifestações do psiquismo humano.
A esse respeito, Alchieri e Cruz (2003) comentam que, no final da década de 1960, observou-se um aumento do número dos cursos de Psicologia e houve, em conseqüência, uma crescente demanda de professores que se dedicassem mais intensamente ao ensino. Em função disso, teria ocorrido uma queda na qualidade da formação profissional dos psicólogos, notadamente na área da avaliação psicológica. Tal fato teria sido acompanhado por um

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