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Candidato Aloprado, lembrei imediatamente do ex-presidente brasileiro Jânio Quadros. Popular, extremamente demagogo e de gênio instável, o estadista sul-matogrossense teve uma ascensão surpreendente no cenário político entre as décadas de 50 e 60. prometendo Deus e o mundo, ganhou a simpatia do eleitorado. Entretanto, dias após a posse, foi se mostrando completamente despreparado para a colossal tarefa. Preocupava-se mais com brigas de galo e biquínis que com as necessidades daqueles que o colocaram no poder. Após sete meses de mandato, apresentou ao congresso uma carta de renúncia. Sem sombra de dúvida, Jânio representou com perfeição o estilo descrito no título da fita dirigida pelo irregular Barry Levinson (Oscar de melhor diretor em 1988 por Rain Man). O longa traz ao público um tema excelente: o que sucederia se o mais famoso e afiado apresentador de um talk-show de comedia fosse eleito presidente?

Robin Williams, com os trejeitos habituais (alguns amam, outros detestam) interpreta um comediante de política que, após ser questionado sobre as eleições seguintes, resolve candidatar-se a principal cadeira da Casa Branca. “... talvez fosse por vaidade ou truque político...” refletia Jack Menkel (Christopher Walken, sempre roubando a cena), mentor de Tom Dobbs (Williams).

um filme interessante sobre uma crítica política ao sistema dos Estados Unidos acaba se perdendo em construções paralelas que parecem demonstrar apenas a hipocrisia de um país que se considera acima de erros.

Mas, parece que não podemos admitir que os cidadão americanos não levem política à sério, então, entra no roteiro a trama paralela que faz o filme desandar. O sistema Delacroix está sendo lançado no país e, através dele, o voto será eletrônico e facilitará a apuração do resultado. O problema é que a programadora Eleanor Green percebe que há uma falha nele, e não é ouvida pelos donos da empresa que resolvem seguir com as eleições. A certeza de uma fraude faz com que ela se aproxime do

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