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1732 palavras 7 páginas
Ciências Sociais Unisinos
42(2):144-146, maio/ago 2006
@ 2006 by Unisinos

RESENHA

DUARTE, A.; LOPREATO, C. e MAGALHÃES, M.B. (orgs.). 2004.
A banalização da violência: a atualidade do pensamento de Hannah
Arendt. Rio de Janeiro, Relume Dumará, 351 p.
Natália Salgado Bueno1 nataliasbueno@gmail.com O livro organizado por André Duarte, Christina Lopreato e Marion Brepohl de Magalhães faz parte de uma literatura que intensamente vem sendo produzida sobre o pensamento de Hannah
Arendt. Desde 20002, vários livros, no Brasil e no exterior, foram lançados sobre essa autora que se configura como uma das mais polêmicas no século XX. Dos livros recentes ainda não traduzidos, os mais célebres são os de Seyla Benhabib (2003) e a compilação da Cambridge Companion (2000) organizada por Dana R. Villa. Vale ainda lembrar que vários artigos e trocas de correspondência da própria Hannah Arendt permanecem inéditos em português, sendo que uma importante reunião de artigos foi recentemente publicada sob o nome Responsabilidade e julgamento (2004).
A banalização da violência: a atualidade do pensamento de Hannah Arendt (2004) é fruto de um colóquio internacional ocorrido em 2002 na Universidade Federal do Paraná, tendo contribuições de estudiosos de variadas disciplinas, como filosofia, história, ciência política, sociologia e direito. Ainda que a multiplicidade de visões e avaliações sobre a obra arendtiana leve, invariavelmente, a distanciamentos e contradições, há um substrato a todos os artigos, que pode ser explicitado nas palavras da própria Arendt:
As perguntas específicas devem receber respostas específicas; e se a série de crises que temos vivido desde o início do século pode nos ensinar alguma coisa é, penso, o simples fato de que não há padrões gerais a determinar infalivelmente nossos julgamentos, nem regras gerais a que subordinar os casos específicos com algum grau de certeza. (Arendt, 2004, p. 7).
As crises e perguntas específicas que animam A banalização da violência

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