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Renda X Escolaridade
Apesar dos avanços verificados nos últimos anos em alguns dos indicadores sociais brasileiros, como educação, esperança de vida, acesso a infraestrutura básica etc., ao lado de um conjunto de transformações e reformas econômicas que, empreendidas a partir do princípio da década de 90, visaram ajustar o Brasil às regras de mercado e integrá-lo ao sistema capitalista internacional, condição considerada básica para poder proporcionar-lhe crescimento econômico sustentado e desenvolvimento, a remuneração auferida pelo fator capital continuou aumentando sua participação em relação ao fator trabalho como percentual de remuneração da renda.
1. Os rendimentos do trabalhador brasileiro também decresceram no período, seja na ótica do salário médio real, seja na da massa salarial real. Tal perda do poder aquisitivo dos salários acentua-se quando contrastada com o crescimento simultaneamente observado no número de postos de trabalho, representado pelo aumento do contingente da população ocupada.
2. Paralelamente, na área da educação o Brasil realizou, na década de 90, significativos progressos. Conforme dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD3, entre 1990 e 2001 a taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais cresceu, no país, de 82% para 87%. No mesmo intervalo de tempo, a taxa de matrícula líquida no nível fundamental para crianças de 7 a 14 anos elevou-se de 86% para 97%, e a taxa de matrícula líquida no ensino médio quase quintuplicou, passando de 15% para 71%. Apontada como fator determinante para aumentar a distribuição de renda, elevar a remuneração dos salários e, numa perspectiva mais ampla, contribuir para o crescimento econômico de um país, a educação no Brasil não parece ter apresentado, apesar de seu referido progresso dos últimos anos, evidências que permitam confirmar, à vista do quadro acima, sua importância na teoria do capital humano.
3. Considerando-se que os fatores de produção são remunerados

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