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9616 palavras 39 páginas
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Capitães da Areia: fragmentos de violência, vulnerabilidade e (des)cuidados de jovens pobres no Centro Histórico de Salvador, Bahia.

Ana Maria Fernandes PITTA
Psiquiatra

Margareth LEONELLI
Psicóloga

Ruy ALBUQUERQUE
Educador físico e coordenador da equipe

Maira RIOS
Assistente social, membros da Equipe Capitães da Areia

* Agradecimentos: Alane Menara, Caliandra Machado, Ednalva Maia, Rafael Tedesqui, Maria Célia Rocha, Mirian Gracie Plena de Oliveira, Patrícia Landim, Sandra Mendonça, Sandra Santos, Zilda Miranda, integrantes da Equipe Capitães da Areia, em diferentes momentos. Ao Projeto Axé, Defensoria Pública Estadual da Bahia e Ministério Público do Estado da Bahia, pela parceria e militância ética.
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Resumo O artigo busca descrever o cotidiano de violência e (des) cuidos a que estão submetidos jovens pobres, em situação de rua, que “habitam” o Centro Histórico de Salvador e são acompanhados pela Equipe Capitães de Areia, criada mediante uma ação civil pública desencadeada pelo Projeto Axé (arte-educação e inclusão social de jovens) que resultou no Termo de ajustamento de conduta que determinou à Prefeitura de Salvador-BA assistí-los nas suas necessidades psicossociais. Violência, drogas e exclusão compõem a introdução ao tema. Narrativas dos meninos e de profissionais da equipe aliadas a observações diretas no território foram utilizadas na construção etnográfica dos casos que compõem esta reflexão foram utilizadas como método. A internação compulsória em cárceres, quer em minoridade ou maioridade, ou morte violenta é o resultado de políticas públicas débeis. A discussão pretende contribuir para que não sigamos testemunhas e cúmplices do extermínio de jovens, imprescindíveis na construção de uma sociedade justa e equitativa. Coerência, factibilidade e viabilidade das políticas públicas voltadas para o enfrentamento do abandono e exclusão desses jovens se fazem necessárias, com urgência.

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