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A escrita da história na antiguidade clássica.

A compreensão da história que temos hoje é totalmente diferente da compreensão que tinham os historiadores da antiguidade. Segundo Paulo Weyne (1989, p. 15-16) o historiador antigo não citava suas fontes e não distinguiam as fontes primárias das secundárias, não colocavam notas no rodapé pois queriam que acreditassem em sua palavra. As fontes “não tem sentido nem utilidade e, se tivéssemos alertados os historiadores antigos sobre esse seu pretenso esquecimento, teriam respondido que não teriam nada a ver com essa distinção”. “Não digo que eles não teriam razão, mas apenas que sua concepção de verdade não sendo nossa, esta lacuna não poderia ser uma explicação”. Em 1560 o historiador Estienne Pasquier era bastante criticado por referenciar suas fontes, pois para os historiadores da época a credibilidade e o reconhecimento viriam com o tempo sem que houvesse a necessidade de mostrar onde estas eram obtidas. Para Paulo Weyne um historiador antigo não utiliza fontes e documentos, mas ele mesmo é a fonte do documento tornando-se uma autoridade perante seus sucessores. Se citasse as fontes iria “[...]forçar o concenso da posteridade em torno de sua obra” (Weyne, 1989, p. 16). Outra característica desses historiadores era a de se relatar a historia de seu tempo. O passado para eles já tinha o seus historiadores e eles prescisavam de um historiador que fosse fonte de história para o futuro.(Weyne, 1989, p. 18). Para Weyne, a concepção de história na antiguidade era diferente da concepção atual pois “[...] a verdade histórica era uma vulgata que consagra o acordo com os espíritos ao longo dos séculos, esse acordo sanciona a verdade”[...], a verdade não era a referência mas pretendia que ele mesmo fosse reconhecido como texto. (Weyne, 1989 p 16). Ao contrário dos historiadores modernos que vêem seus antecessores como fonte, na antiguidade os historiadores viam o trabalho dos antecessores como

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