461324

2756 palavras 12 páginas
AULA 1. TRABALHO E RELAÇÕES SOCIAIS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

O trabalho aparece desde os primórdios como a necessidade de o homem intervir sobre a natureza, produzindo a partir daí, os meios de sua sobrevivência, e dessa forma clarifica-se a noção de que o trabalho afigura-se como elemento inerente à existência do homem e como mola propulsora de seu desenvolvimento, ou seja, o trabalho divide a sociedade em classes, e aquele é a base da organização social. Em uma passagem de Engels, quando ele diz: ...entendendo-se às formas de organização social, sempre alicerçadas na organização do trabalho e da produção social, aqui o mesmo traduz a ideia de que a organização social também organiza o trabalho, ou seja, você é o que seu salário lhe determina. Com a consolidação do sistema capitalista, como modo de produção, essa noção de centralidade do trabalho na sociabilidade humana – exploração dentro de uma sociedade de classes – foi objeto de vasta produção teórica e política, impulsionando grandes transformações e revoluções sociais a partir de meados do século XIX. Visto isso, foi a partir daqui que se tem uma noção de divisão de trabalho e classe, ou o chamado classicismo. Dentro desse processo histórico, inúmeros abusos foram cometidos no mundo do trabalho, impulsionando várias lutas sociais pelo reconhecimento de direitos mínimos da dignidade humana. O trabalho do assistente social vai saindo paulatinamente das mãos da Igreja e do ideário da caridade e passando ao Estado e à sociedade dentro das ideias capitalistas, resumindo: o trabalho do assistente social sai da ideia de caridade e entra na ideia capitalista. Nos dias de hoje o debate sobre o mundo do trabalho continua desenvolvendo-se com enfoque na hegemonia político-ideológico capitalista, ou seja, aquela ideologia em que o capitalismo nos força a seguir, se não seguir estará fora do cenário social. Engels novamente enfatiza dizendo: Não é só sobrevivência que dá significado ao trabalho, mas também o

Relacionados