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O condicionamento se desdobra através do tempo e da tecnologia. A rede se estende, a descentralização alastra-se geograficamente, abrange nações e vai ocupando os continentes. O ser humano passa pela massificação anônima para a atomização solidária através dos meios. Há velocidade em tudo, a internet, o fax, o telefone, o avião, o jato… vão derrubando fronteiras nacionais e tornando obsoletas as organizações locais. A roda, a bicicleta e o avião, fases iniciais de universalização. À medida que a automação se impõe, torna-se óbvio que “informação” é a mercadoria fundamental, e que os produtos sólidos são puros incidentes no movimento de informação (FIORE, 1969, p. 30). A rede, a teia eletrônica, vai desenvolvendo áreas cada vez mais amplas do planeta. Jogos e esportes simbólicos da vida, a morte de uns e a prevalência de outros. A máquina de escrever e o computador, o telex e o telefone, a vitrola e o cinema, o rádio e a televisão, a carta e o e-mail, as armas e a automação.

Por muito tempo acreditou-se, que o maquinismo e a economia resolveriam o problema da produtividade. A experiência mostrou que isto não é verdade. A multiplicação dos acidentes de trabalho, o aparecimento de doenças profissionais, os fracassos de indivíduos inaptos, os problemas de relações humanas (atritos, rivalidades, ciúmes, incapacidade de dirigir) levaram empreendimentos promissores a fracassos totais. Além disso, por conseqüência da divisão do trabalho, o ser humano já não sente mais a mesma razão de trabalhar que antigamente era a satisfação de admirar obras criadas pelas próprias mãos utilizando sua criatividade. O estímulo de outrora não pode ser mais o estímulo de hoje, diante da monotonia de seu trabalho sem objetivo aparente, o homem está se tornando cada vez mais, peça de uma engrenagem, autômato, escravo, técnico.

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