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O Método Biográfico em Sartre: contribuições do Existencialismo para a Psicologia

O início do século XX foi marcado pelos questionamentos ao establishment, que buscavam se consolidar como científicas. As críticas à lógica causalista, ao modelo mecanicista, à démarche empirista, que consolidaram o chamado cientificismo.
A crise epistemológica da psicologia do início do século XX foi debatida por vários teóricos, entre eles Vigotski e Politzer, que questionavam o fato da disciplina ter ficado retida na dicotomia entre um subjetivismo e um objetivismo sem recursos, sem conseguir superá-los.
Jaspers, pautando-se na fenomenologia, escreveu seu conhecido livro Psicopatologia Geral, no qual delineia uma nova perspectiva para a disciplina psicopatológica.
Para o psiquiatra fenomenológico, o diagnóstico da situação do paciente devia ser feito sempre a partir da realização da biografia do sujeito. Dessa forma, a compreensão era de que a vida psíquica é um todo, desenvolvida em forma temporal.
Jean-Paul Sartre, irá aderir ao movimento crítico. O filósofo fará da crítica e da elaboração de novos fundamentos da psicologia um dos elementos constantes de toda sua obra. Entre tais proposições está a de um método biográfico.
O estudo do método biográfico tem muito a contribuir para a construção de uma metodologia para a psicologia que supere a dicotomia subjetivista/objetivista e possibilite a construção de uma nova disciplina.
Homem / História: relação indissolúvel
Segundo Bloch a história não é uma “ciência do passado”, mas sim uma “ciência dos homens no tempo”.
A concepção de homem que subjaz à teoria sartriana é histórica e dialética.
Sartre buscou fundar uma antropologia estrutural e histórica, que deveria ser estabelecida no interior da filosofia marxista.
Para Sartre: Para compreender um homem é preciso ir além daquilo que ele fala ou reflete sobre si, é preciso descrever suas ações, sua práxis cotidiana, o contexto no qual está inserido. Portanto, não podemos

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