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1677 palavras 7 páginas
TRANSIÇÃO PARA O SISTEMA ECONÔMICO COMERCIAL
A expansão econômica entre os séculos XI ao XIII, que incorporou novas técnicas e novas áreas, conheceu uma brusca reversão em finais do XIII, arrastando-se pelos séculos seguintes e mergulhando a Europa numa depressão longa e profunda. Esta depressão acelerou a substituição do Sistema Funcional por outro baseado mais no comércio como gerador de riquezas do que a produção agrícola. Ocorreu que tendo atingido uma fase de consumo agrícola indireto, a expansão que se viu não foi suficiente para sustentar o contínuo crescimento demográfico. A demanda maior que a oferta, que favoreceu a aquisição da liberdade por parte dos camponeses, fez com que rareasse o alimento na mesa das classes menos favorecidas. O crescimento de oferta só foi possível pela incorporação de novas áreas agricultáveis, o que se esgotou a partir da segunda metade do século XIII. A reconquista dos territórios europeus cessou em 1260, permanecendo um Estado árabe no sul da Espanha. Em 1291 forem perdidos os territórios cruzados no oriente e iniciou-se um período de contração da Europa. A propriedade da terra passou por grande desorganização em vista da excessiva fragmentação oriunda do largo arrendamento das parcelas senhoriais, por processo de herança e por conflitos que fizeram com que muitas ou fossem pequenas demais para produzir alimentos em quantidade ou fossem perigosas demais para tal, sujeitas a invasões e ataques. Muitas terras também, que haviam sido recuperadas de pântanos e florestas, achavam-se exaustas e não havia no período técnicas e cuidados especiais para que se mantivessem férteis. Se a suavização do clima ajudou a Europa no século XI, no início do XIV houve uma deterioração tornando-se o norte do continente mais frio e úmido. Com isso, as regiões da Islândia e uma boa parte da Escandinávia deixaram de ser produtoras de cereais, enquanto desapareceram as vinhas na Inglaterra. A redução da oferta só fez agravar

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