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INSPIRAÇÃO, E O PROCESSO DE PRODUÇÃO TEXTUAL DAS ESCRITURAS
Os cristãos se referem comumente à Bíblia como livro inspirado, livro santo, livro divino ou simplesmente Escrituras. O próprio Jesus apelou muitas vezes para as Escrituras ou as citou, e não há dúvida de que, para Ele, as Escrituras hebraicas possuíam autoridade divina, eram verdadeiramente “inspiradas’’ por Deus, e revestidas de poder (Mateus: 4.4,7,10; João: 10.35). O apóstolo Paulo também aceitava a origem divina das Escrituras (2 Timóteo: 3.16). Referia-se também a elas como Santas Escrituras (Romano: 1.2) Sagradas Letras (2 Timóteo: 3.15). Jesus sempre tratou a narrativa histórica da Bíblia como registro fidedigno dos fatos, literal não como algo simbólico parabólico ou alegórico. Nos ensinamentos de Jesus, ele fez referência Abel (Lucas: 11.51), Noé (Mateus: 24.37-39), Abraão (João: 8.56), Sodoma e Gomorra (Mateus: 10.15; 11.23,24), Abraão, Isaque e Jacó (Lucas: 13.28), a serpente do deserto (João: 3.14), Salomão (Lucas: 11.31; 12.27), Elias (Lucas: 4.25,26), Jonas (Mateus: 12.39-41), e a muitos outros indivíduos no AT. Jesus fazia questão de deixar claro que Suas concepções e pregações se baseavam nos próprias princípios que fora ensinados pela Escritura (Mateus: 19.16-22; 26.24; Lucas: 18.31-33). Jesus era capaz de introduzir uma citação da Escritura com a expressão “Moisés disse” (Marcos: 7.10), “bem profetizou Isaias a respeito de vós” (v.6), ou “próprio Davi falou, pelo Espírito Santo” (Mc: 12.36). Mas, como se deduz do contexto, essas afirmações extraem sua autoridade do fato de serem mandamentos de Deus, (Gênesis: 2.24; Mateus: 19.4,5; Marcos: 10.6-8). As narrativas que parece menos aceitáveis à mente contemporânea foram citadas por Ele, não hesitando em escolher para Suas ilustrações.
É particularmente significativo que Cristo, depois de Sua ressurreição, quando apareceu aos seus discípulos antes de acender ao Céu tenha-Se ocupado com a exposição da Escritura (Lucas: 24.25-27, 44, 45).