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A necessidade de técnicas e conhecimentos mais complexos difere o resgate em espaço confinado de outros tipos de ações de salvamento. Operações de trabalho rotineiras nesses cenários já são altamente complicadas e, no caso de um acidente, o resgatista deve estar preparado para enfrentar um ambiente em condições totalmente adversas.

Sérgio Augusto Garcia, auditor fiscal da SRTE/RS (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego), salienta que a atividade oferece riscos atmosféricos, físicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos, que podem provocar acidentes graves, incluindo lesões, amputações de membros e morte dos trabalhadores e resgatistas.

Segundo ele, no espaço confinado, a deficiência do oxigência pode levar os profissionais a óbito por asfixia, enquanto que atmosferas ricas em oxigênio alteram a inflamabilidade de alguns materiais, fazendo com que entrem em ignição mais facilmente e queimem mais rápido. Além disso, a formação de contaminantes pode gerar uma atmosfera IPVS (Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde).

Intoxicação, asfixia por gases, como monóxido de carbono e gás sulfídrico, choque elétrico, queda, colapso estrutural (desabamento e soterramento) e ataque de animais ou insetos agressivos são riscos que preocupam o capitão Humberto Leão, chefe do Resgate do CBPMESP.

Já Elton Fagundes, diretor da Stonehenge e instrutor e supervisor de equipes de resgate em espaço confinado, acrescenta as aberturas limitadas de entrada e saída, ventilação desfavorável, temperaturas elevadas ou muito baixas e ruídos e vibrações.

Com tantas ameaças presentes, nem o uso de todos os equipamentos disponíveis garante segurança completa ao resgatista. Marcello Vazzoler, diretor da Vertical Pro e especialista em resgate em altura e espaço confinado, indica que uma equipe de resgate industrial, previamente preparada, tende a fazer junto aos profissionais de segurança do trabalho um levantamento e controle de riscos existentes. Assim, ela só irá atuar em

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