27ANT NIO VIEIRA

361 palavras 2 páginas
27 ANTÓNIO VIEIRA

O céu ‘strela o azul e tem grandeza.
Este, que teve a fama e à glória tem,
Imperador da língua portuguesa,
Foi-nos um céu também.

No imenso espaço seu de meditar,
Constelado de formas e de visão,
Surge, prenúncio claro de luar,
El-Rei D. Sebastião.

Mas não, não é luar: é luz do etéreo.
É um dia; e, no céu amplo de desejo,
A madrugada irreal do Quinto Império
Doira as margens do Tejo. Fernando Pessoa, in Mensagem

Análise do poema

Este poema, insere-se na terceira parte - “O Encoberto” - da “Mensagem” de Fernando Pessoa, fazendo parte dos avisos. É a parte mais mistica da “Mensagem”, porque deseja que uma pessoa do passado (D.Sebastião), volte para fazer mudanças em Portugal.
Quanto há métrica este poema é constituído por ...
Neste poema, Fernando Pessoa qualifica António Vieira como o maior orador do seu tempo, notável estilista da prosa portuguesa, como se denota no verso “ Imperador da língua portuguesa”.

Na expressão “No imenso espaço seu de meditar”, Fernando Pessoa refere-se à vasta cultura e imaginação de António Vieira ao carácter visionário do profeta, que prevê o quinto Império, e ao filósofo/pensador.
Quando Pessoa diz “Surge, prenúncio claro do luar, / El-rei D.Sebastião”, refere-se aos escritos do Padre António Vieira referente às esperanças de Portugal, que um grande rei conduziria a um futuro Quinto Império do Mundo e também nas profecias de Bandarra que anunciavam o regresso do rei D.Sebastião.

Pessoa tem um momento em que afirma “Foi-nos um céu também.”, ou seja, designa António Vieira como um céu estrelado dos portugueses, grandioso, trazendo assim, grandiosidade à Língua Portuguesa.
A configuração do Quinto Império é toda ela feita com recurso a elementos relacionados com o tempo, meteorologia, clima.
No verso “Mas não, não é luar: é luz do etéreo.”, ...
Metáfora em “Foi-nos um céu também”, que mostra a amplitude universal da cultura e

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