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1308 palavras 6 páginas
Características temáticas
· Identidade perdida (“Quem me dirá sou?”) e incapacidade de autodefinição (“Gato que brincas na rua (...) / Todo o nada que és é teu./ Eu vejo-me e estou sem mim./ Conhece-me e não sou eu.”).
· Consciência do absurdo da existência
· Recusa da realidade, enquanto aparência (“Há entre mim e o real um véu/à própria concepção impenetrável”).
· Tensão sinceridade/fingimento, consciência/inconsciência.
· Oposição sentir/pensar, pensamento/vontade, esperança/desilusão.
· Antissentimentalismo: intelectualização da emoção (“Eu simplesmente sinto/ Com a imaginação./ Não uso o coração.”)
· Estados negativos: egotismo, solidão, cepticismo, tédio, angústia, cansaço, náusea, desespero.
· Inquietação metafísica, dor de viver.
· Neoplatonismo
· Tentativa de superação da dor, do presente, etc., através de:
- evocação da infância, idade de ouro, onde a felicidade ficou perdida e onde não existia o doloroso sentir: “Com que ânsia tão raiva/ Quero aquele outrora!” – “Pobre velha música”.
- refúgio no sonho, na música e na noite.
- ocultismo (correspondência entre o visível e o invisível)
- criação dos heterônimos. não apenas como vozes poéticas, mas indivíduos completos, com hábitos, fisionomias, tipos físicos e psicológicos específicos.
· Intuição de um destino coletivo e épico para o seu País e renovador de mitos.
· Parte de uma percepção da realidade exterior para uma atitude reflexiva (constrói uma analogia entre as duas realidades transmitidas: a visão do mundo exterior é fabricada em função do sentimento interior)
· Reflexão sobre o problema do tempo como vivência e como fator de fragmentação do “eu”
· A vida é sentida como uma cadeia de instantes que uns aos outros se vão sucedendo, sem qualquer relação entre eles, provocando no poeta o sentimento da fragmentação e da falta de identidade.
· O presente é o único tempo por ele experimentado (em cada momento se é diferente do que se foi).
· O passado não

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