25 de Abril

O programa do Movimento das Forças Armadas (MFA), acreditava na urgência de uma revolução apontando como razões a insistência do governo na Guerra Colonial que continuava a absorver gente e dinheiro começando a ser vista como causa perdida, a falta de liberdade de expressão e de escolha (eleições viciadas e repressão) tal como as dificuldades económicas que o país estava a atravessar com o agravamento provocado pela crise internacional e pelo isolamento do país.
Este Movimento tinha como principais objetivos pôr fim ao regime autoritário, para transformar Portugal num país livre e democrático – Democratização, acabar com a Guerra, e consequentemente dar independência às Colónias – Descolonização, bem como o Desenvolvimento, ou seja, lançar os fundamentos de uma política económica e social que lançasse Portugal na via do desenvolvimento.
O MFA preparou minuciosamente a operação militar que, na madrugada do dia 25 de Abril de 1974, pôs fim ao Estado Novo. Onde “a missão a atingir com a realização da operação é provocar o derrube do Governo vigente, com o aprisionamento de todos os seus membros e do Presidente da República […] tendo em vista pôr imediatamente em execução o programa constante da proclamação a dirigir à nação logo após o golpe, visando a implantação, a curto prazo, de uma democracia política como forma de Governo no País.” (Do “Plano Geral de Operações”, em Otelo Saraiva de Carvalho, Alvorada em Abril, Pub. Alfa). Anexo 1
A operação «Fim Regime» do Movimento das Forças Armadas decorreu sob a coordenação do major Otelo Saraiva de Carvalho, de acordo com o plano previamente definido: depois da transmissão, pela rádio, das canções-senha (E Depois do Adeus, de Paulo Carvalho, cerca das 23 horas e Grândola, Vila Morena, de Zeca Afonso, hora e meia mais tarde), as unidades militares saem dos quartéis para cumprirem, com êxito, as missões que lhes estavam destinadas: ocupação das estações de rádio e da RTP, controlo do aeroporto e dos