25 de abril

5801 palavras 24 páginas
IMOBILISMO POLÍTICO E CRESCIMENTO ECONÓMICO DO PÓS-GUERRA A 1973

A estagnação do mundo rural uma profunda assimetria Norte-Sul: no Norte predominava o minifúndio que não possibilitava a mecanização; no Sul, propriedades imensas (os latifúndios) apresentavam-se subaproveitadas; situação dos rendeiros, pois mais de um terço da área agrícola era cultivado em regime de arrendamento precário, pouco propício ao investimento – doc. 2, p. 95
Face a esta situação elaboram-se planos de reforma apontando para explorações agrícolas fortemente mecanizadas, previstos no II Pano de Fomento (1959), mas foram inviabilizados pelos latifundiários do Sul. Assim, as alterações na estrutura fundiária nunca se fizeram, e a política agrária esgotou-se em subsídios e incentivos que beneficiavam sobretudo os proprietários do Sul e os grandes vinhateiros.
Na década de 60, quando o país enveredou pela via industrializadora, a agricultura foi vista como um ‘caso sem solução’ - a taxa de crescimento do Produto Agrícola Nacional desceu de 5,5% nos anos 50 para 1% nos anos 60, o êxodo rural maciço esvaziou as aldeias do interior, e o défice agrícola elevou-se de 1,2 milhões de contos, em 1967, para 8 milhões, em 1973.
A emigração
Fenómeno persistente na história portuguesa, a emigração reduziu-se nas décadas de 30 e 40, devido à Grande Depressão e à II Guerra Mundial. Assim, estas duas décadas correspondem a um crescimento demográfico intenso que, sem escoamento, sobrepovoou o país, originando um excesso de mão-de-obra que a economia não foi capaz de absorver. Esta pressão demográfica resultou numa imensa debandada dos campos, quer em direção às cidades do litoral, quer em direção ao estrangeiro - entre 1946-1973 terão emigrado 2 milhões de Portugueses, metade dos quais saiu na década de 60.
Para além da atração pelos altos salários do mundo industrializado, também a guerra colonial era motivo para se abandonar o país. Mais de metade desta emigração fez-se clandestinamente (a ‘salto’)

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