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6363 palavras 26 páginas
Volume 5
Número 1
Jan/Jun 2015
Doc. 1
Rev. Bras. de Casos de Ensino em Administração
ISSN 2179-135X
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FORDLÂNDIA E BELTERRA: AS CIDADES DE HENRY FORD NA AMAZÔNIA
ANTONIO MARCOS DUARTE JR. – antoniomarcosdj@uerj.br
Faculdades Ibmec/RJ e Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Submetido em 05/06/2014, aceito para publicação em 29/10/2014
DOI:10.12660/gvcasosv5n1c1
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Ao final de 1945, a Ford Motor Company havia investido na Amazônia brasileira mais de
US$ 500 milhões 1 para o estabelecimento da maior plantação de seringueiras do mundo, algo determinado pessoalmente por seu acionista controlador, Henry Ford. Entretanto, ele agora estava afastado da empresa, em função da idade. Seu único filho, Edsel Ford, nunca havia demonstrado interesse pelos investimentos que o pai fizera na Amazônia e, subitamente, havia falecido em 1943, aos 49 anos, forçando a transição rápida de poder na empresa para seu primogênito, Henry Ford II, com apenas 28 anos.
A Ford Motor Company apresentava sérios problemas internos de gestão ao final de Segunda
Grande Guerra. Naquele momento, a concorrência havia capturado parte substancial do mercado de automóveis, até então dominado pela empresa nos EUA, o que requereria do novo presidente uma atuação ágil e firme. Implicava, portanto, pouco tempo para Henry Ford II se dedicar aos antigos empreendimentos da empresa na distante Amazônia brasileira.
Era chegado o momento de Henry Ford II decidir o que fazer com Fordlândia e Belterra, as duas cidades construídas por seu avô na Amazônia brasileira.
Hevea brasiliensis
A seringueira (Hevea brasiliensis) é uma árvore originária da Amazônia. É do látex da seringueira que se fabrica a borracha natural (ver Anexo 1).
Apesar de utilizada pelos índios da Amazônia para diversos fins, o primeiro

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