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A criança e seus jogos
Arminda Aberastury

O papel do brinquedo

“Por meio da atividade lúdica, a criança expressa seus conflitos e, deste modo, podemos reconstruir seu passado, assim como no adulto fazemo-lo através das palavras.”
(Aberastury, 1992)

Introdução
• Contexto da formulação do livro
• Freud ensinava que uma criança brinca não somente para repetir situações satisfatórias, mas também para elaborar as que lhe foram traumáticas e dolorosas.
• Arminda objetiva estabelecer relações entre a maturação e o desenvolvimento levaram ao aparecimento ou desaparecimento de um brinquedo em determinada idade.

Fases
Para Freud, durante todo o primeiro ano de vida os interesses da criança se centralizam nos alimentos e nos prazeres e exigências derivados da fase oral: chupar, morder, beijar, lamber, explorar os objetos com a boca. A experiência demonstrou que isso se processava assim e de maneira intensa até a aparição dos dentes, para, então, dar lugar a novos interesses. Aparecia, por exemplo, uma necessidade imperiosa de explorar o corpo, tanto o seu como o dos outros, o que a levava a descobrir no seu os genitais. Desta zona genital surgiam exigências que tendiam à satisfação. ATIVIDADE LÚDICA
• Parte das necessidades genitais se satisfaz com a masturbação, como o mostrar seu corpo e demonstrar curiosidade pelo corpo dos outros. Outras necessidades se satisfazem graças à identificação projetiva com a figura dos pais unidos e. por último, com a ATIVIDADE LÚDICA na qual conseguem a união simbólica dos sexos.
• O BRINQUEDO possui as características dos objetos reais, e por seu tamanho, pelo fato de que a criança exerce domínio sobre ele, pois o adulto outorga-lhe a qualidade de algo próprio e permitido, transforma-se no instrumento para domínio de situações penosas, difíceis, traumáticas, que se engendram na relação com os objetos reais.
Também o brinquedo é substituível e permite que a criança repita, à vontade, situações prazerosas e dolorosas que,
entretanto,