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: Planejamento no ensino

Para fundamentar o importante e necessário posicionamento a respeito do papel da escola e do professor, Mário Sérgio Cortella, no livro A escola e o conhecimento - fundamentos epistemológicos e políticos, apresenta três "concepções que, grosso modo, representam posturas predominantes em vários momentos de nossa Educação e que, de alguma maneira, convivem simultaneamente (nas escolas e, muitas vezes, em cada um de nós)". A essas três concepções sobre a função social da profissão de educador o autor denomina otimismo ingênuo, pessimismo ingênuo e otimismo crítico.

:: O otimismo ingênuo

Segundo Cortella, "o otimismo ingênuo atribui à Escola uma missão salvífica, ou seja, ela teria um caráter messiânico; nessa concepção, o educador se assemelharia a um sacerdote, teria uma tarefa quase religiosa e, por isso, seria portador de uma vocação. Na relação com a sociedade, a compreensão é a de que a Educação seria a alavanca do Desenvolvimento e do progresso; a frase que resume isso é 'o Brasil é um país atrasado porque a ele falta Educação, se dermos Escola a todos os brasileiros, o país sairá do subdesenvolvimento'".

"Essa concepção é otimista porque valoriza a Escola, mas é ingênua, pois atribui a ela uma autonomia absoluta na sua inserção social e na capacidade de extinguir a pobreza e a miséria que não foram por ela originalmente criadas". [...]

"Ainda nessa concepção, a Escola seria supra-social, não estando ligada a nenhuma classe social específica e servindo a todas indistintamente; assim, o educador desenvolveria uma atividade marcada pela neutralidade, não estando a serviço de nenhum grupo social, político, partidário etc. Para ela, o educador seria um agente do bem comum, romanticamente considerado".

:: O pessimismo ingênuo

Continuando em sua caracterização das três concepções, o autor afirma: "Por contraposição à concepção anterior, esta [o pessimismo ingênuo] defende a idéia de que a função da Escola é a de

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