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a)
O argumento do sonho é a postulação de que o acto de sonhar providencia evidência preliminar de que os sentidos através dos quais confiamos para distinguir realidade de ilusão não devem ser plenamente confiáveis, e como tal, qualquer estado que dependa dos sentidos devem ser, no mínimo, cuidadosamente examinados e testados com rigor para determinar se algo é de facto "real".
Enquanto as pessoas sonham, normalmente são se apercebem que o estão a fazer (se se apercebem, é chamado de sonho lúcido). Este facto levou filósofos a supor se não estaremos num estado de sonho constante em vez de numa realidade acordada. Em filosofia ocidental, esta questão foi referido por Platão, na sua obra Teeteto (158b-d), e também na Metafísica de Aristóteles. Tendo recebido um grande atenção por parte de René Descartes, na sua obra Meditationes de prima philosophia, o argumento do sonho tornou-se uma das hipóteses do cepticismomais proeminentes.

b)
No argumento do Deus enganador, Descartes convoca a figura divina para endossar seu sistema de idéias. Entretanto, para o próprio filósofo, este argumento, tal como formulado, ainda não é de todo efetivo. Pois poderia receber a objeção de que a Deus, perfeito em sua essência, não se poderia atribuir o predicado de enganador, ou de embusteiro. Considerando que perfeição é atributo das coisas acabadas (isto é, das que nada falta ou falha) e que a idéia de Deus, para Descartes, não só e plena, mas a “soma de todas as perfeições, isto já seria suficientemente persuasivo para refutar, por contradição, a idéia de um Deus, que, ao enganar, falha; ou seja, que incorre na imperfeição de faltar com a verdade” (DESCARTES apud COTTINGHAM, 1995). Esse argumento pode ser expresso, em outras palavras, assim: ora, se Deus é considerado perfeito, não poderia sofrer dessa imperfeição; logo, Deus não pode ser enganador. A dúvida introduzida por Descartes na crença da existência de Deus não é cabida e sucumbe ao seu próprio caráter duvidoso. Esse

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