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OS TIPOS DE AMOR
É difícil de definir o amor, se pensarmos nas mais diversas conceituações que recebeu no corre da história humana, principalmente se levarmos em conta a especificidade desse sentimento, cujo sentido nos escapa.
Apesar dessas dificuldades, tentemos algumas delimitações do conceito. Em primeiro lugar, na linguagem comum, amor é usado em diversas acepções, desde as materiais – o amor ao dinheiro – até as religiosas, como o amor a Deus. Fala-se também do amor à pátria, ao trabalho e à justiça. É bem verdade que, em algumas dessas acepções, outros termos seriam mais apropriados, tais como o desejo de posse ao dinheiro, o interesse ou gosto pelo trabalho, o empenho moral na defesa da justiça e assim por diante.
Para evitar confusões, distinguiremos três tipos de amor: filía, ágape e eros.
a) Filía
O termo grego filía (philia) geralmente é traduzido por “amizade”. Trata-se do amor vivido na família ou entre os membros de uma comunidade. Os laços de afeto que o expressam são, em tese, a generosidade, o desprendimento e a reciprocidade, isto é, a estima mútua.
Além desse sentido geral, distinguimos a amizade propriamente dita, quando um vínculo mais forte une pessoas que se escolheram pelo que cada um é. Por isso Aristóteles explica que “os que desejam bem aos seus amigos por eles mesmos são os mais verdadeiramente amigos”. E conclui:
Mas é natural que tais amizades não sejam muito frequentes, pois que tais homens são raros. Acresce que uma amizade dessa espécie exige tempo e familiaridade. Como diz o proverbio, os homens não podem conhecer-se mutuamente enquanto não houverem “provado sal junto”, e tampouco podem aceitar um ao outro e este não depositar confiança nele. Os que não tardam a mostrar mutuamente sinais de amizade desejam ser amigos, mas não o são a menos que ambos sejam estimáveis e o saibam; porque o desejo da amizade pode surgir depressa, mas a amizade não.

b) Ágape

Ágape, do grego agápe, significa “amor fraterno”.

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