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ROIZ, Diogo da S. Usos do passado e escrita da história.

Usos do Passado e Escrita da História
Uses of the Past and Writting of History http://dx.doi.org/10.5007/2178-4582.2013v47n1p176 Diogo da Silva Roiz

Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Amambai/MS, Brasil
Resenha de:
MOMIGLIANO, A. As raízes clássicas da historiografia moderna. Tradução de Maria Beatriz Borba Florenzano. Bauru/SP: Edusc, 2004, 228p.

Na década de 1960, Arnaldo Momigliano percebeu que ‘toda história é uma história contemporânea’, porque escrita por homens do presente a respeito de homens do passado. Com esta ideia - cara a Croce – o autor sublinharia ainda que ela pode também ser fruto de diferentes usos e abusos. Para abordar esse tema, Momigliano procurou perscrutar que raízes clássicas da historiografia moderna, isto é, que inspirações, apoios e referências os historiadores modernos tiraram dos antigos; que leituras fizeram de suas obras, e como as usaram em seu presente histórico, como forma de justificar até, em alguns casos, seus projetos de ação e de escrita da História.
De início - fruto de suas conferências proferidas nos anos iniciais da década de 1960, na universidade da Califónia, em Berkeley, depois retrabalhadas
- seus estudos consistiram em questionar as relações entre a historiografia persa, grega e a judaica, e por que a grega prevaleceu; por que Tucídides, e não
Heródoto, se tornou o historiador mais autorizado da Antiguidade; como os antiquários se apropriaram da historiografia clássica e que contribuições trouxeram para a pesquisa histórica; como houve a importação da historiografia grega em Roma e de que maneira ocorreu a sua romanização; qual o lugar de
Tácito no pensamento histórico e como a historiografia eclesiástica conseguiu forjar uma tradição própria.
Para este autor, a “historiografia grega pagã era muito mais vital e desafiadora” do que a judaica, e os “historiadores eclesiásticos cristãos, ainda que inevitavelmente influenciados por Daniel e por