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A opção pelas fontes renováveis de energia garante um futuro saudável, enquanto a energia nuclear representa um passado perigoso.

Um dos grandes desafios do governo Lula é a questão energética. O governo FHC deixou um quadro confuso, marcado pelo apagão, pela conclusão de Angra 2, pela privatização do setor, pela adesão ao Protocolo de Kyoto e por uma proposta inovadora de implementar 10% de energias renováveis até 2010, apresentada na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável 2001 (Rio+10). Agora, as opções estão abertas para a adoção de novos rumos.

Sem dúvida, não há desenvolvimento sem energia. No entanto, só há desenvolvimento sustentável com energia vinda de novas fontes renováveis. A demanda por energia é, hoje em dia, indiscutível, mas é preciso encontrar maneiras de suprir a essa demanda e, ao mesmo tempo, integrar-se à comunidade internacional no debate sobre como lidar com o efeito estufa. Boa parte das emissões de gás carbônico vem da produção de energia através das termoelétricas, movidas a combustíveis fósseis. O próprio Protocolo de Kyoto sobre Mudanças Climáticas aponta para o incentivo a energias renováveis como uma tendência internacional, que deverá marcar as próximas décadas.

O Brasil sempre foi um país atípico: quase toda energia gerada vem de grandes hidroelétricas. No entanto, a expansão da oferta de energia não poderá seguir o mesmo modelo adotado até agora. As melhores opções já foram usadas e a construção de novas hidroelétricas de grande porte implicaria na inundação de grandes áreas, destruindo importantes ecossistemas. Daí o desafio: que rumo seguir? Temos duas opções: um futuro perigoso e ambientalmente degradante, ou um futuro limpo e saudável.

A primeira opção significaria a conclusão do projeto da usina nuclear Angra 3 e a continuidade de investimentos no setor nuclear. Esta decisão está na pauta do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Desde já, cabe a nós discutir a direção que esperamos que o

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