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DOSTOIÉVSKI, uma alma arranhada nas areias de Ipanema! Roteiro: Cico Caseira Público entra no teatro, atores começam um aquecimento no palco.
Terceiro Sinal - atores gritam: Merda!!!!!!!!!!!!!!!!!! Narrador - Boa noite! Boa noite, senhoras e senhores! Essa é a galera que se encontra sábado pela manhã no Tablado para pensar teatro! Bem-vindos! Vamos comemorar a finalização das aulas de improvisações celebrando Dostoiévski. Com essa turma não tem problema por isso vamos apresentar: “Dostoiévski, uma alma arranhada nas areias de Ipanema!”. Fiquem a vontade e nós aqui no palco somos angustia e felicidade! Fui!!!!!!!!!!!!!!
B.O
Narrador - Antes era o nada! (Pausa) Depois...muito depois, veio Deus! (Pausa) Depois, muito depois... muito depois de depois de muito depois: nasceu Dostoiévski! Bom na verdade, aqui neste espetáculo, todo mundo é Dostoiévski. Aqui na peça Dostoiévski não é pessoa é pensamento, sentimento, emoção! Tudo junto misturado de uma vez só. Dostoiévski é angustia pura. Não sei se é certo ou errado. Duvida. Questionamento e auto-punição. Dostoiévski é contradição! Do bem, do bom , mal ou mau! Esquerda ou direita. Dostoiévski é a alma humana. Uma maquina de emoções, implosões e explosões! Como suportar fazer parte de uma engrenagem, ser apenas um numero...
(MÁQUINA- sai e desliga a máquina.)
Dostoiévski - “Existe no homem um vazio do tamanho de Deus.”
Narrador - Ih! Esse Dostoiévski da estória se parece muito com o Dostoiévski da história.
Dostoiévski - Peguei minha prancha e entrei no mar...fui...eu apenas queria fugir, ficar sozinho pensando o que colocar no lugar da infância... parece que a infância se quebra, assim de uma hora para outra. Concorda comigo Van?
Van Gogh - Pois é. Eu não tenho nada pra te falar e nem você pra mim... comunicação zero. Acho que me acostumei a conversar pela internet, assim ao vivo eu não sei o que dizer.
Dostoiévski - Eu quero falar de amor. Eu estou febril, pois o ser humano é hostil ao sutil.
Van