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O diálogo

Diálogo em filosofia representa primeiro em Sócrates, e depois em Platão, o processo de busca da verdade através deperguntas e respostas. Diálogos é de resto o nome da obra de Platão, em que cada diálogo tem o nome do seu principalinterlocutor.
Só o ser humano consegue dialogar, o que faz do diálogo uma característica própria e única do ser humano.
A capacidade de se dirigir e de responder ao outro, como igual, estabelecendo assim uma relação, e o comunicar com ooutro através da linguagem permite o acesso ao pensamento e à representação. O diálogo é a troca de ideias e é ondese formam também algumas ideias.
O diálogo pressupõe a reciprocidade existencial e esta pressupõe a diferença e a semelhança, já que é devido àdiferença que se pode enriquecer com a comunicação. O diálogo alarga os horizontes da exigência do pensamento, poispara se responder e argumentar as ideias tem de se fazer uso do raciocínio. Os Diálogos de Platão mostram o processode elaboração do pensamento, e a dialética não é mais do que a arte do diálogo ou da discussão. As objeções deSócrates obrigam o seu interlocutor a procurar uma verdade que este pensava já possuir. Da opinião à verdade, doparticular ao universal, o diálogo é o próprio caminho da filosofia.
Segundo Platão, o pensamento é o diálogo da alma consigo mesma.
A filosofia contemporânea e especialmente a fenomenologia dão ao diálogo uma importância primordial, porque ele éconstitutivo de um mundo verdadeiramente humano, isto é, de um mundo comum mas composto de diferenças.
Platão
Escrever em diálogo, por quê?
Platão escreve quase sempre em diálogo. Uma, entre outras razões, seria para os leitores da época o conseguir entender melhor.
Nas suas obras, algumas excepcionais, Platão, com o seu diálogo, tenta reproduzir a magia do diálogo Socrático, imitando o jogo de perguntas e respostas, com todos os meandros da dúvida, com as fugazes e imprevistas revelações que impulsionavam para a verdade, sem, contudo a

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