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IMIGRAÇÃO ITALIANA

Italianos começam a chegar em 1875. Fugindo da pelagra, sonhavam com o país da fartura.
A propaganda falava em país da fartura. Num dos cartazes afixados no porto de Gênova, o desenho sugere que a comida caía do céu. Nos folhetos, prometia-se transporte gratuito, hospedagem, assistência durante os primeiros tempos, Instrumentos de trabalho, sementes, assistência médica, Instrução para as crianças e crédito para comprar um lote de terra.
A viagem durava um mês na terceira classe de um navio superlotado, sem assistência médica, comida precária, dormindo no chão. A maioria dos autores que escreveu sobre a imigração italiana fala em alojamentos infectos, epidemias, mortes. Mas não se conhece uma estimativa sobre o total de mortos. Seriam crianças, na maioria.
Desembarcavam no Rio de Janeiro, onde ficavam de quarentena na Casa dos Imigrantes, na Ilha das Flores. Daí partia em vapores para Rio Grande numa viagem de dez ou mais dias, passando para barcos menores nos quais chegavam a Porto Alegre.
Na capital, eram alojados em barracões precários ou "dormiam nas ruas e praças próximas". Seguiam, dias depois, em pequenas embarcações, até Montenegro, São Sebastião do Caí ou Rio Pardo. Desses pontos, a viagem prosseguia a pé, em lombo de burro ou carretas.
Diante das dificuldades e promessas não cumpridas, muitos pensavam em desistir. Mas nada mais possuíam, tinham que ficar. Desta constatação surgiu o lema: O que se vince, o pur si muore (ou se vence ou se morre).
Para assentar os imigrantes da Itália, o governo brasileiro destinou 32 léguas de “terras devolutas’, agora já não mais nas áreas planas e férteis dos vales dos rios Caí e Sinos, para onde foram os alemães”. As áreas que restavam para colonização, inclusive por pressão dos grandes proprietários, ficavam na acidentada encosta da Serra, região ainda selvagem e de difícil acesso.
As primeiras colônias foram demarcadas em 1870. Chamaram-se Conde D'Eu e Dona Isabel, origem de Garibaldi e

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