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"Cálice" é uma canção escrita e originalmente interpretada pelos cantores brasileiros Chico Buarque e Gilberto Gil em 1973. Na canção percebe-se um elaborado jogo de palavras para despistar a censura da ditadura militar. A palavra-título, por exemplo, é cantado pelo coral que acompanha o cantor de forma a soar como um raivoso "Cale-se!". A canção teve sua execução proibida durante anos no Brasil. Só foi lançada em disco em novembro de 1978 no álbum Chico Buarque, tendo Milton Nascimento nos versos de Gil, e também em dezembro no álbum Álibi de Maria Bethânia.
História
"Cálice" foi composta para o show Phono 73, que a gravadora Phonogram (atual Universal) organizou no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, em maio de 1973.[] O evento reuniria em duplas os maiores nomes de seu elenco, onde deveria ter sido cantada por Gil e Chico.[ ]Gil havia composto o refrão "Pai, afasta de mim este cálice / de vinho tinto de sangue", uma óbvia alusão à agonia de Jesus Cristo no Calvário, tendo a ambiguidade (cálice / cale-se) sido imediatamente percebida por Chico.[ ]Gil havia composto ainda a primeira estrofe da canção.[
] A partir de dois encontros com Chico, compôs a melodia e as demais estrofes, quatro no total, sendo a primeira e a terceira de Gil e a segunda e a quarta de Chico.[]
"Cálice"
Canção de Maria Bethânia do álbum Álibi
Lançamento
dezembro de 1978
Gênero(s)
MPB
Duração
4:00
Gravadora(s)
Polygram/Philips
Composição
Chico Buarque, Gilberto Gil

No dia do show, quando os dois começaram a cantar "Cálice" tiveram os microfones desligados.[]
De acordo com Gil, a canção havia sido apresentada à censura e eles foram recomendados a não cantá-la.[]
Os dois haviam decidido, então, cantar apenas a melodia da canção, pontuando-a com a palavra "cálice", mas isto também não foi possível.[]
Segundo o relato do Jornal da Tarde, a Phonogram resolveu cortar o som dos microfones, para evitar que a música, mesmo sem a letra, fosse

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