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O conteúdo intelectual estudado nas obras de Karl Marx, Emile Durkheim e Max Weber sustentam o pensamento das principais correntes da teoria social moderna. Recorremos nesse momento ao prefácio de Anthony Giddens, em sua obra Capitalismo e Moderna Teoria Social. A observação de Giddens reforça a necessidade de os sociólogos terem sempre em conta o contexto no qual as teorias foram formuladas, e que isso não significa relativizar integralmente, mas, sobretudo, compreender que as obras de Marx, por exemplo, ainda hoje apresentam uma concepção da sociedade e da história que afastam a concepção generalizada de que a evolução posterior do capitalismo “tornou falsas” as teorias de Marx.[1]

É nesse cenário que nos dispomos a analisar brevemente, os estudos do Jovem Marx, sobre o tema “direitos humanos” dentro de um contexto de emancipação política na Europa no período pós-revolução Francesa. O pensamento de Marx exerceu grande influência na França e na Alemanha do século XIX, e além da contribuição intelectual, seus escritos, inspiraram um movimento político. A Alemanha nos fins do século XIX enfrentava obstáculos ao desenvolvimento, frente às características básicas da estrutura social e econômica do país. Os acontecimentos de 1789 na França exigiam que a Alemanha não continuasse afastada dessa corrente revolucionária, e, por isso, as primeiras obras de Marx, demonstram sua consciência do atraso da Alemanha. O jovem Marx escreveu em 1844, que a emancipação parcial constitui a base da emancipação total na França.[2]

A Revolução Francesa instaurou alterações políticas que foram determinantes para a concepção de uma sociedade nova, na qual seriam aplicados princípios gerais de justiça e liberdade. A Declaração dos Direitos do Homem proclamada em 1789, conforme descrito por Giddens, declarava que “a ignorância, o desrespeito e o desprezo pelos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos”.[3]

A noção de emancipação política apropriada pela classe

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