12 homens e uma sentença

RESENHA CRÍTICA: DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA

Por Rafael, estudante de Direito.

DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA. Título original: “Twelve Angry Men”. História e roteiro: Reginald Rose. Direção: Sidney Lumet. EUA, 1957. Sidney Lumet nasceu na Filadélfia em 25 de junho de 1924. Esta obra é seu primeiro filme de um gama de mais de 50 filmes, sendo que fragilidade da justiça é um tema comum em muitos deles. Profissional reconhecido no meio cinematográfico, recebendo várias premiações importantes. Faleceu em 9 de abril de 2011 aos 86 anos.

É um excelente filme, sendo de fácil compreensão, simples e ao mesmo tempo envolvente, pois representa de forma magnífica o quão frágil pode ser o sistema judiciário e, principalmente, como o ser humano está sujeito a realizar julgamento precipitado, estando quase que invariavelmente sob influência, seja de seus preceitos adquiridos pela vivência, do modo que foi criado, do meio em que vive ou viveu, preconceitos, ou até mesmo o descaso. Como é difícil superar tudo isso e ser imparcial, desenvolver um senso crítico, questionar os fatos, buscar a compreensão com intuito de acertar na decisão, se apercebendo da importância e conseqüência dessa.
A história se passa em quase sua totalidade dentro da sala do júri de um tribunal na cidade de New York, EUA. É sobre um jovem de 18 anos que está em julgamento sob a acusação de assassinar o seu pai e agora a sua própria vida está nas mãos dos jurados, que reunidos nessa sala, só podem sair após decidirem se o réu é culpado ou inocente. O júri é composto por 12 homens de características bem diferentes, cada qual com suas singularidades e de certo modo fica composto por todas as classes de uma sociedade, representadas pela profissão, origem, nível cultural e idade de cada personagem. Paralelamente a isso, os mais diversos tipos de personalidades e preconceitos são interpretados de forma extrema e clara, sendo que facilmente podemos, de certo modo, nos assemelhar com alguma