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A Semana do Idoso; é um período importante para refletirmos sobre o papel da terceira idade no mundo contemporâneo. Na segunda reportagem especial do UFPA em Série sobre os idosos, vamos ver como eles participam da construção da sociedade brasileira e como o idoso dos anos 2000 se distingue de estereótipos alimentados pela tradição e pelo tempo. A professora da Faculdade de Psicologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Hilma Khoury, fez uma análise deste contexto. Leia a seguir...
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD/IBGE), realizada em 2009, o Brasil tinha 16,5 milhões de aposentados, sendo 30,5% destes ainda economicamente ativos, ou seja, trabalhando. Para a professora Hilma Khoury, esses dados refletem o perfil do novo idoso.
“Penso que esses dados demonstram que o idoso de hoje é bem diferente do estereótipo do velho doente e dependente, alimentado durante tanto tempo em nossa história, que ainda prevalece. A despeito do natural desgaste biológico que acompanha o envelhecimento, os dados do IBGE revelam um idoso ativo e independente economicamente, que sustenta sua família e, em alguns casos, ainda trabalha”, afirma a professora.
Os números comprovam - A professora coordenou uma pesquisa em Belém, nos anos de 2006 e 2007, com 471 idosos, a qual reforça a mudança de perfil da terceira idade. “Constatei que 20,8% ainda trabalhavam; 36,3% sustentavam suas famílias; 74,1% saíam sozinhos de casa; 45,8% saíam de casa três vezes ou mais por semana; 52,7% andavam de ônibus; 53,1% movimentavam conta bancária; 29,5% relataram não possuir qualquer problema de saúde e 55,2% referiram não ter limitação física”.
“País de cabelos brancos” – A professora e psicóloga destaca o fato de a população brasileira estar em processo visível de envelhecimento, nas últimas décadas: “De 2000 para 2010, o crescimento foi de 41,6%, e a parcela que mais cresceu foi a dos nonagenários (76%). Se

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