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1750 palavras 7 páginas
As narrativas da vocação no Antigo Testamento são desafiadoras, pois relatam experiências profundas com Deus. Essas experiências direcionam a existência de homens que assumem uma postura, às vezes, assustadora, diante da sua espiritualidade. Assim, gostaríamos de ler cinco textos de momentos distintos da história da revelação, que tratam das experiências de cinco grandes figuras eternizadas na literatura e na tradição judaico-cristã. Um é considerado o grande legislador, Moisés (EX 3.9-12); outro é juiz, Gideão (Jz 6.11-24); os outros são profetas: Isaías (6.1-13); Jeremias (1.4-10) e por fim Ezequiel (1-3), “profeta do exílio” Veremos cinco narrativas, que tratam da vocação e crise desses líderes, refletindo a espiritualidade de cada um. Vocação consiste no chamado de Deus, no qual o ser humano é convidado a participar de seus planos e ações, e desafiado, a partir de sua existência, a estar a serviço desse chamado. E a espiritualidade é viver com o mais profundo da vida. A experiência com o divino, enquanto criador da vida se torna, na existência, o componente mais profundo da própria vida. Pois une os elementos da essência com os da existência. Dessa maneira, um encontro com Deus tem esse caráter eminentemente espiritual. As narrativas de vocação no Antigo Testamento têm como característica o relato de um encontro único e pessoal ente Javé, ou um representante seu, e o próprio vocacionado, estabelecendo um diálogo onde há lugar para a hesitação, objeção por parte deste e argumento da parte do divino, levando-o à aceitação da missão, ou, então, ao voluntariado para o cumprimento da mesma. O nosso primeiro exemplo é Moisés, quando Deus o chama para tirar o povo hebreu do Egito. Em seu chamado podemos perceber uma hesitação à missão a ele exposta por Deus. Moisés se coloca diante de Deus como uma pessoa incapaz para tal missão. Porém, Deus não aceita a sua reivindicação e o comissiona com a promessa de que seria com ele. Sua

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