1. A lógica da atividade da pesquisa

Para compreensão de pesquisa em educação, faz-se necessário ter uma concepção pluralista do conhecimento científico, baseando-se em concepções filosóficas que fundamentam a ciência. A filosofia e metodologia da ciência fundamentam a pesquisa e definem alguns conceitos básicos para compreensão da ciência: Senso comum, Ciência, Método Científico e Verdade.
Sendo assim, pode-se definir um tipo de conhecimento que não é científico, o senso comum, é um conhecimento que adquirido de modo informal e não sistematizado, ao longo da vida, normalmente de forma empírica. Porém ele pode ser a base para a busca de novos conhecimentos.
Quando este conhecimento passa a ser sistematizado de modo formal e objetivo, pode-se defini-lo como Ciência. E para a busca de conhecimento formal é necessário seguir procedimentos de investigação, um Método Científico. A sistematização e a busca de novos conhecimentos, ou de uma verdade, é o caminho percorrido por pesquisadores. A verdade é epistemológica para o pesquisador que a busca, ela é mutável, busca-se a verdade que é exterior e anterior a si.
A via de acesso a verdade é o método científico, essencial para o conhecimento desta. Vale destacar o percurso de busca do pesquisador, como define Gatti (2002, p.12) “[...] o conhecimento obtido pela pesquisa é um conhecimento situado, vinculado a critérios de escolha e interpretação de dados, qualquer que seja a natureza destes dados.”
Na ciência os dados não são dados, eles são construídos pelo olhar do pesquisador. Ou seja, pela teoria que o pesquisador se embasa para olhar o objeto. Cada área do conhecimento vai explicar naquele objeto de delimitação diferentes formas de se aproximar e de se relacionar com o objeto estudado. Na área das ciências humanas e sociais, normalmente, trabalha-se com objetos complexos, com conjunto de justificativas. Qualquer fenômeno estudado comporta diferentes leituras.
Entende-se, como aponta Gatti (2002), que se faz pesquisa para construir o entendimento de