1 pergunta

Desenvolvimento :

1 - Qual a relação entre o fim da unidade Familiar e Unificação da Cidade ou Estado? Estudar a educação da mulheres é reviver nas entrelinhas no pensamento ocidental as amordaças e preconceitos de séculos de silêncio e dominação instituídos pelo pátrio poder. É, na realidade, seguir um caminho tortuoso, escorregadio, cujos marcas do tempo não se sucedem em compassos encadeados que resultem em harmonias rítmicas. Os segredos de um mundo masculino marcado pela força, violência e elementos constitutivos de uma racionalidade foram apresentados à história como o grande modelo que deveria ser seguido por todos os seres humanos. Em relação a filosofia ocidental o que se apresentou como justo foi o cumprimento de funções no interior da cidade. O domínio da polis que deveria abrigar homens e mulheres foi restrito ao domínio masculino. O feminino era retirado da espera pública para viver os dramas da dominação privada. A família como sendo o lugar privilegiado da violência abrigava toda sorte de autoridade. Segue-se que nesse espaço de vivências os seus ritos mais secretos encontra o amparo do instituído. É tentando traçar um quadro dessa vivência pedagógica que dividiremos esse texto em quatro partes: Na primeira enfocaremos a distinção entre o público e o privado no pensamento grego e o conseqüente lugar do feminino; Em seguida trataremos da relação entre o homem, a mulher e o andrógino no Banquete de Platão, em que a noção de amor superior implica o amor de iguais, se esses iguais forem masculinos, pois só a estes cabe a racionalidade. Na seqüência do texto enfrentaremos os emaranhados conceituais da cidade ideal descrita na república de Platão em que o igual e o desigual deve ser revisitado. As funções de cada um representam um ideal de harmonia e justiça e não caba aparentemente a diferença entre sexos, principalmente, quando se refere aos guerreiros. As mesmas funções devem ser exercidas por guerreiros e guerreiras, desde que se "respeite" a