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629 palavras 3 páginas
Para compreender melhor o texto de Michael Cunningham, remetemos ao enredo deste livro, e a forma que foi construído. O livro conta a história de três personagens femininas, as três narrativas são alternadas e relatam cenas do cotidiano de suas protagonistas: Virgínia Woolf, no momento da escrita de Mrs. Dalloway, em 1923; Laura Brown, leitora do romance de Woolf, casada com um herói da Segunda Guerra Mundial, em 1949; e Clarissa Vaughan, homônima da personagem protagonista de Virgínia Woolf, uma editora homossexual às voltas com os preparativos para a festa que dará em homenagem a um amigo poeta, soropositivo, em 1998. Temos como foco de nossa análise a protagonista Virginia Woolf, a qual o livro tem início com a narração da carta feita para seu marido Leonard Woolf, despedindo-se, pois a mesma cometerá um suicídio, única saída encontrada pela suposta escritora para a sua inabilidade em inserir-se numa vida convencional. Como já foi mencionado, a narrativa é dividida entres três imagens femininas, cujas histórias são dispostas numa ordem sequencial, de tal modo que as narrativas de suas vidas estão intercaladas.
Tendo isto em vista, podemos notar que a presença do fictício e o imaginário, são duas formas que se entrelaçam. O fictício é o produto do imaginário, assim como o imaginário. A ficção é, assim, tida por Iser como a “configuração do imaginário ao se notar que ela não se deixa determinar como uma correspondência contrafactual da realidade existente”. Na carta escrita por Virginia Woolf, o imaginário não passa apenas de uma imagem criada pela personagem, que opta pelo suicídio, ao invés de tentar conviver com seu marido Leonard Woolf e com sua doença (esquizofrenia), essa foi a única saída encontrada pela suposta escritora, a qual ela esquece repentinamente das situações corriqueira de seu dia-a-dia e como sabemos a esquizofrenia é considerada pela psicopatologia como um tipo de sofrimento psíquico grave, caracterizado principalmente pela alteração no

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