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Na Roma Antiga a palavra amor era aplicada tanto às emoções quanto à vida sexual ou ao desejo puramente sexual, conceitos que são concebidos de maneira distinta no mundo ocidental moderno. È importante lembrar que se analisarmos com um olhar recheado de valores contemporâneos, pode obscurecer as verdadeiras expressões da sexualidade entre os romanos. Embora a expressão “sexualidade” tenha sido empregada somente a partir do Século XIX, e portanto, sem valor epistemológico para sociedades anteriores, a sua aplicação é apropriada por considerar como os valores culturais interferem na maneira como as pessoas se relacionam com o próprio corpo, com os seus desejos e sentimentos. Não podemos pensar a sexualidade para os romanos da mesma que tratamos sexualidade contemporaneamente. O próprio conceito de sexualidade é culturalmente construído e definir tal conceito para o mundo romano seria anacrônico, pois já estaríamos partindo de um conceito contemporâneo. Ao contrário do que se é transmitido nos dias de hoje, a sexualidade no Mundo Antigo era vista como algo positivo, representada pelos próprios deuses.

Esses controles sociais que se desenvolveram no final do século passado e filtraram a sexualidade dos casais, dos pais e dos filhos, dos adolescentes perigosos e em perigo – tratando de proteger, separar e previnir [...] em torno do sexo eles irradiaram os discursos, intensificando a consciênica de um perigo incessante que constitui, por sua vez, incitação a se falar dele (FOUCAULT, 1999, p.39) Como outros aspectos da vida romana, a sexualidade foi apoiada e regulada por tradições religiosas. A sexualidade não começava onde acabava a religião ou a política: ela fazia parte de um continuum, era parte da religião e vice-versa. Assim, não podemos pensar a religião influenciando a sexualidade, mas sendo parte de uma mesma realidade. Para nós contemporâneos, esta relação entre a sexualidade e a religiosidade causa muitas vezes estranhamento. Isto se dá porque no

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