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A escola historicamente estabelecida no Brasil tinha uma estrutura hierárquica verticalizada e rígida, onde o diretor usava “mão de ferro” para manter a organização instituída.Sua opinião era uma ordem e sua presença representava a emanação da autoridade do Estado. A ele cabiam todas as decisões e, por conseguinte, o destino dos colaboradores. Pautada em um currículo linear e fechado, a escola não precisava comunicar-se com seu entorno e, em uma relação assimétrica de poder, o diretor decidia os rumos cotidianos dos afazeres dos docentes, funcionários e alunos.
Porém, preocupado demais com tarefas burocráticas como planilhas, cadernetas, médias, livro de ponto e múltiplos ofícios, o administrador geralmente negligenciava o trabalho pedagógico e o acompanhamento dos recursos humanos, relevando para segundo plano a tarefa de liderar uma equipe de trabalho.

Os gestores, ao contrário, são capazes de compreender o complexo cenário escolar, participar dele, enxergar e projetar ações e resultados futuros. Enquanto o planejamento administrativo se faz por meio de elaboração de estratégias, os projetos dos gestores compreendem duas dimensões – uma estratégica e outra tática –, com o objetivo de favorecer o envolvimento de todos os sujeitos da escola.
Sem abrir mão de administrar, um gestor envolve-se, sobremaneira, com seus colaboradores, conseguindo, assim, resultados coletivos. Ele nunca decide sozinho, mas apresenta seu ponto de vista e aceita outras sugestões. Entretanto, suas deliberações não são apenas resultado de parecer ou consenso grupal, já que um gestor tem autonomia para agir rapidamente em determinadas circunstâncias e não tem medo de correr riscos, porque tem capacidade para justificar suas decisões.

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